A FIESC tem cumprido um papel central no e à inovação e à difusão de tecnologia em Santa Catarina. Em 1994, o IEL catarinense criou em Florianópolis o pioneiro Softpolis, Laboratório de Desenvolvimento de Software. Em 1998, foi inaugurado o Micro Distrito Industrial de Base Tecnológica de ville (Midiville), uma incubadora da FIESC em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Iniciativas semelhantes foram realizadas em Criciúma e Chapecó nos anos seguintes.
Outra iniciativa com resultados importantes foi o programa Plataforma da Tecnologia da Informação e Comunicação de Santa Catarina (Platic), que começou a ser executado em 2004 sob coordenação do IEL/SC. Foi desenvolvido um conjunto de ferramentas para padronização de processos e produtos de software e qualificação para as empresas. A FIESC também apoiou a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), cujo fundador e primeiro presidente foi José Fernando Xavier Faraco, que presidiu a FIESC entre 1999 e 2005.
A partir dos anos 1990 a FIESC criou, por meio do SENAI, um conjunto de centros de tecnologia para apoiar a capacitação de recursos humanos em setores industriais fundamentais para a economia do Estado, como eletrometalmecânico, informática e automação, cerâmicas, alimentos e vestuário. Hoje, eles compõem a rede nacional dos Institutos SENAI de Tecnologia, que prestam serviços e consultorias a empresas e promovem avaliação de qualidade e conformidade.

Esse tipo de apoio se sofisticou na década ada e deu origem aos Institutos SENAI de Inovação (ISI), cujas equipes de pesquisadores oferecem a empresas ferramentas para criar novos produtos e serviços, transformar os modelos de negócio e ampliar sua competitividade. Três desses centros são sediados em Santa Catarina. Além de realizar pesquisa aplicada, os Institutos abrigam estruturas como o LabFaber, da Fundação Certi, que é um laboratório-fábrica voltado ao desenvolvimento, domínio, prática e difusão de soluções avançadas para a transformação digital dos parques fabris.
Todas essas contribuições ajudaram a tornar o ecossistema catarinense de inovação robusto e complexo. Ecossistemas de inovação são ambientes nos quais universidades, institutos de pesquisa, governos, empresas e o setor financeiro atuam em conjunto e em uma direção convergente, permitindo que o conhecimento se desenvolva, resulte em aplicações e produza riqueza.

Além das estruturas da FIESC, o ecossistema catarinense conta com mais de 1,3 mil startups, sete parques de inovação e 17 campi de universidades públicas espalhados pelo território do Estado. De acordo com o Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups 2024, Santa Catarina acumula 8,5% das startups brasileiras, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Outro levantamento aponta que o Estado possui o maior índice do País de startups em relação à população.
Segundo um relatório lançado em 2021 pela Associação Catarinense de Tecnologia, o número de empresas de tecnologia no Estado cresceu 63% entre 2015 e 2020, quando chegou a 17,7 mil empresas que faturaram R$ 19,8 bilhões (o equivalente a 6,1% do PIB catarinense). Muitas dessas startups e empresas de tecnologia atuam em parceria nos projetos coordenados pelos Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia.

Saúde High-Tech
O Centro de Inovação SESI – Inteligência para Gestão em Saúde (CIS-Inteli) tem como propósito contribuir para a competitividade da indústria e a saúde das pessoas, apoiando decisões em saúde no contexto empresarial. Para isso, coleta, analisa e utiliza dados para gerar pesquisas, insights e soluções, como publicações, dashboards, softwares e algoritmos, auxiliando na saúde e produtividade de negócios em Santa Catarina e no Brasil. A abordagem envolve o desenvolvimento, junto às empresas, de um ambiente criativo e dinâmico, impulsionado pelo e tecnológico e por uma equipe multidisciplinar dedicada. Por meio da cocriação com as indústrias, são desenvolvidas soluções personalizadas que atendem às demandas específicas do setor na área de saúde e segurança.
Criado como CIS – Tecnologias para Saúde (CIS-Tech) em 2016, em Florianópolis, com foco em tecnologia, o CIS-Tech evoluiu para CIS-Inteli, fazendo uso de dados para o desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias, promovendo decisões que melhorem a saúde dos colaboradores da indústria e seus dependentes, proporcionando uma excelente experiência no cuidado e controle da escalada dos custos assistenciais, além de oferecer consultorias e capacitações em Inteligência e Gestão em Saúde.
